O impedimento de muitas pessoas vivenciarem coisas novas na vida está na resistência que às mantém apegadas ao seu passado, legitimando-se a cada dia como reféns de situações que acabam sendo suas algozes.
Vivemos um momento emblemático nessa atual fase da vida produtiva e do trabalho, a partir da reestruturação iniciada nos anos 1970 e recrudescida na década de 1990, que se faz presente até nossos dias. Na verdade, esta provocou o que se tem chamado de “a fórmula 24/7†em atividade (24 horas por dia, 7 dias por semana), vivendo a vida e o trabalho em entrelaçamento, em ritmo incessante e frenético, este “atropelando†os momentos que antigamente se denominavam de lazer ou de ócio...
Filhos. Salário. Vida melhor. Sossego. Carreira. Deus. Esses são alguns dos argumentos utilizados para pessoas tomarem decisões na vida, muitas delas cruciais e cheias de desdobramentos. Mas, serão mesmo os verdadeiros argumentos? A mudança para uma cidade do interior é, de fato, explicada pela busca de uma melhor qualidade de vida ou são resquÃcios de uma vontade interior enorme de quem foi criado em um sÃtio e, lá no fundo, ama a vida rural? Morar mais perto do trabalho é apenas justificado pela questão do trânsito ou para manter um status quo e poder dizer aos colegas de trabalho que mora em uma região mais valorizada e cara? Colocar os filhos em um colégio mais caro é, de fato, um investimento em melhores estudos ou uma questão de competir com os demais amigos cujos filhos estudam nos colégios mais caros da cidade? Perguntas assim, quando respondidas com honestidade, revelam as reais motivações de uma pessoa, que nem sempre são tão boas ou sábias e, portanto, vêm embrulhadas em boas intenções ou melhores escolhas. Vamos tirar nossas escolhas desses embrulhos e apresentar nossas reais motivações? Como você se sente ao encarar a verdade dos fatos e perceber que algumas de suas motivações são egoÃstas, baseadas em futilidades ou fruto de uma disputa pelo poder ou dinheiro?
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